Ruth Rocha é paulistana do dia 02 de março de 1931. Filha dos cariocas Álvaro de Faria Machado e Esther de Sampaio Machado, Ruth cresceu ao lado dos irmãos Rilda, Álvaro, Eliana e Alexandre no tranqüilo bairro da Vila Mariana, lendo muito e ouvindo mais ainda as histórias contadas por seu avô, Ioiô. Desse jeito conheceu alguns dos maiores nomes da literatura brasileira, tais como Machado de Assis, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Mário de Andrade e seu maior ídolo e grande influência, Monteiro Lobato, além de histórias folclóricas de todos os cantos do Brasil. Começou a estudar no Colégio Bandeirantes e depois passou para o Rio Branco onde arrumou seu primeiro emprego na biblioteca. Ruth terminou o segundo grau e foi estudar na Escola de Sociologia e Política da USP. Depois de formada começou a trabalhar em seu antigo colégio, o Rio Branco, como orientadora educacional (cargo que ocuparia por 15 anos, até 1972). Começou a escrever em 1967, para a revista Claudia, artigos sobre educação. Participou da criação da revista Recreio (Editora Abril), onde teve suas primeiras histórias publicadas a partir de 1969, tais como Romeu e Julieta – A borboleta, Meu amigo Ventinho, Catapimba e sua turma, O dono da bola e Teresinha e Gabriela, entre outras. Ainda na Abril, foi editora, redatora e diretora da Divisão de Infanto-Juvenis. Sempre entre livros e crianças, Ruth Rocha sempre deixou claro em entrevistas que seu trabalho como orientadora educacional lhe deu a base para entender os conflitos e as vivências infantis, e suas mudanças, no decorrer das importantes décadas de 1960 e 70.

Filho do agricultor Pedro Gonçalves da Silva e de Maria Pereira da Silva, Patativa do Assaré veio ao mundo no dia 9 de março de 1909. Criado num ambiente de roça, na Serra de Santana, próximo a Assaré , seu pai morrera quando tinha apenas oito anos legando aos seus filhos Antônio, José, Pedro, Joaquim, e Maria o ofício da enxada, "arrastar cobra pros pés" , como se diz no sertão.
A sua vocação de poeta, cantador da existência e cronista das mazelas do mundo despertou cedo, aos cinco anos já exercitava seu versejar. A mesma infância que lhe testemunhou os primeiros versos presenciaria a perda da visão direita, em decorrência de uma doença, segundo ele, chamada "mal d'olhos".