segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O Som da Escolha – Por Jenfte Alencar

De onde vem esse som? E essa musica está vindo de onde? Olho para todos os lados e não consigo imaginar de onde vem. Talvez ele esteja mais próximo do que posso imaginar. Sua melodia é tão forte e me faz lembrar você, do tempo que passamos juntos jogando conversa fora, há aqueles foram os melhores dias da minha vida, nós dois juntos em busca de um só objetivo, o nada. Mais o tempo passou e nos tivemos de crescer e nesse meio termo caminhos diferentes tivemos de seguir e as maiores lições aprendemos bem cedo. A vida nos ensinou a não olhar para traís e o passado, é passado e o que importa é o presente, é o agora. Hoje descobri que os nossos olhos são apenas um objeto para ver o material e o imaterial só mesmo o coração para perceber. O destino fez com que saíssemos para lugares diferentes, para rotas que talvez não seja o caminho que pensamos ser. De repente, algo faz tudo se distanciar  a música, a melodia e quando vejo, acordei... desta vez em outro lugar, não sei onde. Estava talvez quem sabe em um sonho?!  E neste lugar a única coisa que enxergava era você, vindo em minha direção... por alguns minutos imaginava que estava vindo em minha direção, mais ao passar por mim sem ao menos dizer oi, percebo que se tornei invisível pra você. Nem se quer um simples sorriso consigo tirar de você. Dentro de mim meu amor vai secando no coração e percebo com a vida é injusta. Tento lhe alcançar, mas não consigo parece que cada passo que dor, mais distante de mim você vai ficando, eu tinha que falar, pois já não dava mais para controlar. Saudade?! Não! talvez essa já não seja a palavra certa para usar. Amor quem sabe? Na verdade estava apenas procurando um motivo, uma razão, nem que seja só pra chamar a sua atenção e ouvir mais uma vez, a sua doce voz. Por mais que eu tenta-se lhe dizer o que sentia era inútil, pouco a pouco te vejo saindo e se afastando de mim sem nem ao menos poder te dizer tchau, nesse momento meus olhos viram imenso mar de lagrimas, mas não consigo secá-lo e rapidamente elas viram pedras. Não desisto tão fácil assim e tento de todas as formas lhe chamar, pulo, grito, corro, mas tudo é inútil. Fico sentado ali naquela praça (se é que aquele lugar era uma praça, mas é o mais próximo da realidade) com um pedaço de mim em minhas mãos, algo que vai durar muitos anos para se reconstruir e se recuperar, sim era meu coração, que estava ali destruído, em pedacinhos, picadinho, como se fosse uma simples salada. Minha cabeça já não tem mais idéias, meus pensamentos se voltam pra você e o que posso fazer neste momento, nada. Talvez essa seja a escolha mais provável que devo ter, ou melhor, a mais sensata. Mais uma vez vou se afastando daquele lugar e vou sendo guiado por uma luz, pouco a pouco vou abrindo os olhos e de repente aquela luz some e lá estou de volta deitado na cama olhando para o nascer do sol, que parece me dar forças para encarar este dia e percebe que a vida não é um faz de contos e uma hora ou outro, terei de seguir meu próprio caminho... O meu coração.

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