quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Caixa... – Por Jenfte Alencar



A simplicidade e pureza é sem dúvida algo realmente único e belo na vida humana. Me pergunto como podemos nos entreter com algo tão simples e comum? Mais ainda por que se parece tão fácil chegar a felicidade se muitas vezes ela parece tão distante? O tempo vai passando e ao invés de conseguimos mais “pureza e ingenuidade” acabamos por motivos supérfluos a destruir essa beleza e eliminamos de uma vez por toda esses sentimos de nossa vida. Então me pergunto, será que esse é o motivo de estamos tão longe de conseguirmos encontrar a verdadeira felicidade? Quero dizer, não só por um simples instante, um momento ou lembrança passageira, mais sim por toda a vida, por todo instante, minuto e segundo. O mundo estar cada vez mais longe da felicidade, a que ponto chegamos? Somos realmente seres humanos? Seres que pensam? Pessoas tão “superiores” a outros seres? Nascemos como “animais”, felizes por estar vivo, mais somos moldados pouco a pouco e essa beleza se desfaz e muitas vezes nem lembranças temos desses momentos.
De longe observei um objeto quadrado e com algumas cores... ela pode ter vários formatos... quadrado, retangular, alto, baixo, grande, pequeno, fundo, raso, estreito, comprido... pode ter varias cores ou mesmo apenas uma única, como de costume... o interessante não é apenas esse objeto comum, que já não servia mais, era apenas o que ele proporcionava, a forma como ele era o centro da diversão, a forma como era fácil ser feliz, com aquele objeto que realizava os desejos de todos, que não existia limites para tal satisfação. E de repente veio a lembrança do tempo que brincava com ela, que o transformava em mil e umas coisas, era foguete... era barco... era garagem... posto... era qualquer coisa e isso tudo sem ter muito esforço, me fazia feliz sem precisar ir para nenhum lugar ou estar com alguém, tudo que precisava era fechar os olhos e imaginar... e então se fazia presente a felicidade. Era tão simples ser feliz, hoje já não consigo ver mais aquele objeto que um dia me fez sorrir, me fez passar por aventuras, por desafios e hoje tudo que vejo é apenas lixo... que não tem mais utilidade e já não consigo mais enxergar a felicidade em algo tão simples como uma caixa de papelão.

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