domingo, 23 de setembro de 2007

A Casa - Por Jenfte Alencar

Era um dia de segunda quando decidi ir para aquela casa que está no meio da minha cidade, onde é o centro das atenções para os meninos. Todos dizem que ela é mágica e até pode levar para um outro mundo onde tudo e todos podem ser o que quiserem. Quando pisei no batente daquela casa, me sentir como se fosse uma nova pessoa que estava disposta a aprender tudo do começo. Logo de cara encontrei um menino e fiquei surpreendido com a sua atitude. Um garoto quase da minha idade, fazendo isso! Alguns minutos se passam e chega um carro. De repente os meninos correm para lá e começam a trazer coisas para dentro da casa. De dentro da casa sai um garoto gritando: Reunião! Reunião! E todos vão para dentro da primeira sala com uma expectativa. De longe comecei a olhar o que aquele casal ia fazer ou falar para os meninos que olhavam para eles com um forte brilho no seu olhar. De repente um garoto se levantou e com um enorme sorriso no rosto. O homem entregou uma camisa branca e uma calça vermelha para ele. Não demorou muito e ele voltou mais feliz do que estava quando ganhou aquela roupa. Todos que estava na lá começaram a aplaudir aquele menino. Saíram da sala e foram para alguns laboratórios. Como eu sou muito curioso decidir ir atrás de todos para ver o que aquele grupo de crianças e jovens iriam fazer depois que havia terminado aquela reunião. Andei um pouco e vi um menino falando para várias pessoas. Lá na frente encontrei um jovem tocando uma espécie de música que nunca tinha ouvido. O nome era tão estranho. Um tal de jaz... Jaz... Jazz... Continuei a descobrir o que aquela casa guardava. Entrei em outra sala e lá estava um monte de gente assistindo um filme que nunca vi. Era até mesmo preto e branco. Se não estou enganado uma garota falou que era “O Grande Ditador” de um tal “Charles Chaplin”. Nem conheço. Sair daquela sala e vi um bocado de crianças brincando de bola. Até brinquei com eles. Continuando o meu passeio. Fui numa sala chamada de gi... gi... gi... Como é mesmo? Há já sei o nome é gibiteca. Outro nome que nunca tinha ouvido falar. Mas quando entrei. Ufa! Chega faltou fôlego de tanta revista em quadrinho. Mais o gaiato mesmo é a “locadora” que eles chamam de “dvdteca”. Com essa achei até graça. Fui em outra sala e ela estava cheia de computadores e com um bicho chama de “internet”. Na outra tinha uma garota desenhando um tipo de historinha, uma jovem escrevendo. Não sei o que. Um garoto no computador pintando aqueles desenhos igual aquele que a menina desenhava. Fui em um local onde me disseram que era onde a gente falava e saia do outro lado do rádio. Aí foi que me acabei de rir. E finalmente na última sala tinha um garotinho dizendo que eu estava na televisão. Me perguntei. Como eu posso está na televisão se estou aqui? Sei lá! Isso parece coisa de doido. Quando terminei de olhar isso tudo minha cabeça se encheu de perguntar, que naquele momento não havia resposta para nenhuma delas. E para complicar isso tudo veio um menino me dizendo: vem pra cá sei que não vai se arrepender. Aí foi que complicou ainda mias a minha cabeça, pois agora não sabia o que ia fazer. Por algum tempo viajei naquela casa fantástica. Fui para um mundo totalmente diferente da minha realidade. Mais mesmo assim fica a questão. Entro ou não entro? Isso não saia da minha cabeça. Era como uma voz que dizia: Entra! Entra! E do outro lado ela dizia: Não vai! Não Vai! Para eu responder essa questão passou tempo! Tempo! Tempo! E nada de resposta. Até que um dia conheci um jovem e conversando com ela, finalmente coloquei um ponto final nessa questão. Tentei experimentar um novo mundo totalmente diferente desse mundinho que vivia onde não me levava a nada. Com o passar dos anos aquela casa deu um grande passo na minha vida. E hoje me sinto um eterno aprendeis daquela pequenina casa, onde na verdade ela é maior do que podemos imaginar. Agora essa casa faz parte da minha vida e do meu ser. Sei que nunca ela vai sair da minha vida, pois agora mais do que nunca eu me sinto como se fosse parte dessa casa.

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