sexta-feira, 26 de junho de 2009

Confusão – Por Jenfte Alencar

Não sei o que está acontecendo comigo parece que o mundo vai desabar em cima de mim. Hoje não é um bom dia! Estou confuso, a beira de um abismo pronto para pular. Mais antes que eu faça isso alguém já me empurrou de lá. Saibam que a queda foi grande, quebram minhas duas pernas, me deixaram indefeso. Só o que não destruíram foi minha alma... Por enquanto. Minhas expressões somem. Não existe vida na minha alma. Minha face não fala nada. Meu sorriso não quer dizer nada. Não estou sendo sincero. Nem comigo? As palavras se jogaram da minha boca, deixando apenas um vagão. Por que não me jogo também? Os pensamentos estão ficando confusos. Não paro de pensar. Não estou conseguindo parar. Pelo menos uma vez queria ficar em branco. Queria ser normal como os outros. Poder parar de questionar. Aceitar tudo o que vem, saber o por quê? Sinto raiva, ódio, insegurança, incerteza... De mim. O tempo não para pra mim. Estou ficando louco. O silêncio me persegue... Um silêncio frio, que me arrepio... Ele quer me dominar... Está a poucos metros... E agora? E agora? Sinto sua presença... Está próximo... O frio é cada vez mais constante. Tenho certeza de que não vai ser um final feliz. Quero ser outro. Sinto vontade de chorar... Mais não consigo. Não saí nem se quer uma lagrima, por mais que me esforce. Meus olhos viraram pedras. Só o que sinto é duvida. A raiva me domina. Minha vontade é de... Jogar tudo pra fora, mais não consigo. Algo me em pede de fazer isso. Por que sou assim? Por que sou tão fraco? Por que não tenho coragem de encarar? Qual motivo dessa fuga? Faço de tudo, mais minha mente não para. Eu queria parar! Eu queria uma solução... Eu sei que só eu tenho, mais onde? Perto e longe? Não sei se vou suportar. Minha mente não parar! Vou ficar louco!!! As dores aumentam. A respiração acelera. Sinto vontade de gritar, mais não posso... Não posso. Ouso o vento soprar cada vez mais intenso. As folhas se mexem. Os galhos caindo. Os pássaros gritam. Os cachorros latem... Latem. As pedras caiem. As portas abrem e se fecham me deixando preso na escuridão sombria. Agora os sons... Eles estão brigando... Não vou suportar. Uma guerra está sendo travada dentro de mim... O difícil mesmo vai ser parar. Me ajudem... Me ajudem! Preciso de todos. O medo me possui... O frio aumenta. Estou me arrepiando. Aquela sensação voltou. Minhas mãos estão geladas. Estou sem movimento, meu corpo não me obedece. Não estou enxergando nada, cadê todos? Onde estão? Falem comigo! Falem comigoo... Todos se foram e só restou nós... Por enquanto! Por enquanto!


Um comentário:

Lilian disse...

Dói ver alguém que amamos sofrer... Dói não saber o que se pode fazer pra ajudar... Me meter? Não posso? Ou posso? É um conflito interno, não posso acabar com seus "monstros interiores"... Espero que esse pesadelo acabe logo e tudo bem, também sofro em te ver sofrer!