Alguns meninos receberam o uniforme, uma grande conquista. Ao meio dia houve a inauguração do laboratório de Arqueologia e a entrega da gerência para Iriane (Naninha). Às 12h30 aconteceu o amigo secreto, que já virou tradição entre os meninos e amigos da fundação. Essa é uma das horas de confraternização e amizade que temos entre nós.
À tarde a correria se duplica e a gente também: fazemos de tudo para dar conta do serviço. Tudo tinha que estar pronto até às 16h, para que pudéssemos receber a Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto. Eles começaram tocando lá na Chapada do Araripe e só pararam depois de fazer um ritual na Sala do Coração de Jesus.
Finalmente a noite chegou trazendo consigo a alegria e a expectativa de sonhos, com mais um ano de portas abertas para aqueles que acreditam que desejos podem ser realizados. A renovação começou às 18h, na Sala do Coração de Jesus, onde nos reunimos para renovar a Casa Grande e a nós mesmos. Após a apresentação da banda cabaçal, fomos aos comes e bebes. É o momento que todos esperavam chegar: os parabéns, para a Casa Grande por completar 16 longos anos, Alemberg e Rosiane, fundadores da Casa Grande, seus 25 anos de casados e 44 anos de vida. Depois deste momento mágico, todos aqueles que participaram da renovação foram curtir o som de Elizah e Paulo Brandão, juntamente com Abanda e Os Cabinha. Eles fizeram balançar a estrutura do Teatro Violeta Arraes com suas musicas mais que agitadas e envolventes.







Em 85 e 86 comecei a fazer histórias em quadrinhos nas revistas Chiclete com Banana e Circo da Circo Editorial, onde apareceram pela primeira vez os Piratas do Tietê. Pela mesma editora editei duas revistas, a Striptiras e Piratas do Tietê. Lancei alguns livros com coletâneas de charges e quadrinhos, como O Tamanho da Coisa, Gato e Gata, Fagundes - um puxa saco de mão cheia, Piratas e Outras Barbaridades...”




Filho do agricultor Pedro Gonçalves da Silva e de Maria Pereira da Silva, Patativa do Assaré veio ao mundo no dia 9 de março de 1909. Criado num ambiente de roça, na Serra de Santana, próximo a Assaré , seu pai morrera quando tinha apenas oito anos legando aos seus filhos Antônio, José, Pedro, Joaquim, e Maria o ofício da enxada, "arrastar cobra pros pés" , como se diz no sertão.
A sua vocação de poeta, cantador da existência e cronista das mazelas do mundo despertou cedo, aos cinco anos já exercitava seu versejar. A mesma infância que lhe testemunhou os primeiros versos presenciaria a perda da visão direita, em decorrência de uma doença, segundo ele, chamada "mal d'olhos".
